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A mostrar mensagens de dezembro, 2008

semente

sobre a mão se encontra, sobre a estrada do tempo se extende. depois de descoberta e contemplada sua existência pela curiosidade de seu inerte potencial, é introduzida em solo supostamente fértil. (será que lhe pus água a mais? demasiado alimento? aguardo... o meu papel está feito.) um origami, uma borboleta, um poema com a função de fazer uma flor crescer. minha impaciência... por vezes desejo ser um boneco de palha para que a veja nascer. simplesmente terei de aguardar... já não procuro solos para semear. neste momento semeio em qualquer que me apreça. ... são muitas sementes espalhadas por solos incompatíveis. crio sementes e carinhosamente as introduzo no meio que me inspira ao cheiro de flor antecipadamente percepcionado durante o tempo por onde vagueio. o cheiro de flor é teu eu sou a borboleta que pousa no teu pólen rodeado pelas pétalas que oscilam consoante o meu peso e o sopro do vento. flores há tantas... borboletas também... não te quero só para mim quero tocar-te todos os