Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2012

ana lise

no entendimento do pensamento encontramos-nos. encontram-se, outrora solitários, globais pensamentos. descoberta de mais algum preenchimento vindo de um todo. fusão de sentimentos nesses encontros, momentos. entretenimentos correntes, alguns. cada um com sua dose de individualismo na pretensão de evitar o individual fascismo. diálogo no aberto pensamento divergências entregues ao não julgamento, vivências descobertas, expressas acções mímicas incognitamente modestas. descobrimentos e descobertas. direito ao elevado estado anímico ocasional, eventualmente solitário. interna descoberta, fruto da exploração do espaço interior, manifesta.

medo da grandeza

quem se conhece em força deve respeitar seu impulso se é de que se gosta. individualmente vive a vida bem mais perfeita em poder seria sem vontade de algum tipo de honra hipoteticamente merecida.

reclusão

a fuga frequente é a paz onde todos ficam a ganhar. a diversidade na natureza encontra a diversidade no "ser" humano o que se passa é único um êxtase existencialista clama por vivência o som da natural quadrifonia ajuda na experiência do que nos une a todos seres vivos inteligentes e amantes de alguma coisa. mas nem sempre é paz o que a reclusão nos trás quando fora do seio da mãe natureza e dentro de um cubo qualquer no meio de gente louca.

silhuetas

os espaços por onde passamos são constituídos por luz e sombra. assim, também são as nossas almas. todos temos momentos em que o Sol brilha. mas quando entramos na sombra... é a procura da luz que nos poderá salvar. entretanto comum vai sendo o ar. o que nos poderá devolver a luz é a forma como aceitamos as sombras que nos vão aparecendo na vida, procurando saber sempre que se a sombra existe, é porque a luz está perto. talvez continuar o caminho seja o mais certo e gozar do contraste que é sempre a entrada em qualquer espaço ou lugar.

sangria

sangro da boca... talvez porque diga palavras a quem não as quer ouvir.  talvez um dia também sangre dos dedos... pelas palavras que escrevo.  meu corpo sangra pela natureza que não deixam ser vivida. não sou vampiro. o meu sangue  até nem sabe nada mal. os vampiros que conheço parecem bem mais felizes talvez porque me sinto como molécula bicelular separada de seu par. molécula cansada de procurar  e cansada de esperar...

rebento

ergue-se o caule outrora rebento que também teve difíceis momentos simplesmente acontecimentos calor, chuva e vento meio dia a beber luz de noite bebe do sumo da terra em confronto com tudo resto a melhor forma de crescer por instinto feita sem protesto continua ele a se erguer reforçado por quantidades de tenacidade em momentos de auto-afirmação outros, por obrigação

tocha no noctivago deserto

tomada de consciência na busca do todo suma dos progressivos passos num deserto tão infinito como vazio. no meio dessa vastidão pode encontrar  o oásis das infinitas possibilidades. a forma como vive a vida  é, talvez, constante reflexo da escolha em ser nada,  podendo assim, ser tudo. não sendo obrigação a opção de maior tentação  para a saída da escuridão a opção não é querer sair  mas sim  querer descobrir  luz,  em negra vastidão. descobre-se o manto que ofusca a percepção quando sente que o nada é resultante da falta de visão e de repente sente que o vazio também contém a essência do todo vendo-se a si-próprio como uma chama crescente pela noite a dentro num deserto tão vasto quanto vazio. somente uma ilusão de quem procura luz no meio da escuridão.