Valor do Coração

os meus momentos de silêncio são ruidosos de pensamento nem sempre são um tormento mas, por vezes desejo que sejam só momentos de silêncio.

vender o pouco que tenho será um crime. será anular uma possibilidade de criar algo mais do que me faça exprimir. vender o quê? Para quem, não interessa. Ninguém vale o pouco da matéria que me resta. Vender o pouco que tenho e amo por respeito à sua utilidade de nada vale se não me der longevidade. Logevidade para quê? para ser velho e enfadonho? Não. Continuarei a acreditar que um dia matéria não irei guardar, somente criar.

um oásis pode ser inicialmente um alívio, mas não tem de ser obrigatoriamente uma solução. pode ser um lugar fresco para um descanso mas também pode ser uma prisão se lá não estiver o par do teu coração.

a luz diária é a maior luz solitária quando não é partilhada saio às ruas e vejo que não sou o único tocado pela luz vinda da estrelinha mais próxima mas na verdade essa Luz é para todos para quem tem mente sã e também os loucos. como a vejo de olhos fechados, como a sinto por dentro do meu corpo é o acto solitário na minha vivência da Luz cria-me a vontade de partilha com algum ser mais semelhante do que diferente... que culpa tenho eu de me apaixonar pela Luz de cada um? a tua Luz é prova de que és filha de Deus.

no silêncio do individual olhar perfeita te vejo (com vontade de te dar um beijo) e sorrio, mesmo que não me vejas... as razões que possa dar não se vêm. para já, é o que é. o que eventualmente for, continuará a ser sincero.

percorremos caminhos mais honestos ou menos sentidos. cruzamos nos trilhos partilhamos somente encontros. são os caminhos da vida em que nos encontramos de vez em quando nos individuais sentidos, os caminhos traçados por uns menos alegres e por outros menos deprimidos.