no silêncio das ruas

Caminho com musica, no silêncio das ruas cheias de gente.
Cada um na sua vida colorida ou acinzentada.
Ares sérios e convencidos, escondem seres deprimidos.

Esqueço-me então, que são gente,
E simplesmente vejo vida.
De trajectórias quase paralelas e sentidos inversos
Alguns contíguos, de rotação variável
Consoante o destino e oportunidade.

Um deja vu diário.
Esse dos olhares e pensamentos semi escondidos.
Bem mais sinceros, embora também por vezes, um pouco tímidos.
São os das árvores, pássaros, cães e gatos.
Esses correspondem em perfeição com os meus diversos sentimentos tanto ou nada desinteressados.

O que há de errado em olhar-te nos olhos?
Sim, tu! Que te aproximas enquanto caminho na minha descontraída melodia.
Circulamos todos na mesma calçada,
Não é um espaço privado que está a ser violado.
Se não queres ser visto, compra um veículo fumado.

Haverá mesmo algum problema em observar alguém que se aproxima?
Não, isto é problema meu, talvez falta de auto estima.
No entanto sinto que a minha, é uma vida mais lúcida
E bem menos deprimida.

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