flecha'dura

bebo café, bebo cerveja e vou fumando cigarros enrolados,
cago para um sentimento que nunca deixou de existir.
depressão que acredito um dia deixar de sentir
sem precisar de beber ou fumar.

depressão condenada a acabar.
Vivo solitário a ouvir os ventos
arrastando-me pelo deserto em que me sinto
distante ainda desse oásis já percebido
no qual às portas fico a olhar uma janela
de quem pode dar ordem para entrar.

vou e volto...
vou e ao vento peço forças para voltar.
Outra vez voltando, à porta fico.
vou e ao vento peço forças para voltar.

encontrando sempre a mesma janela...
Aquela de quem pode abrir o portão...  (serei eu ou não?)
talvez tenha de encontrar a chave...
O que será ao não grave.

Ter-me-ei esquecido de falar
Ou à porta bater?
Talvez ninguém me queira receber.
O cortês pode assustar.

Para o que se está a passar
Quando a bondade
prejuízo pode trazer
Num sofrido sobreviver

Cíclicos passos lado a lado
com um pensamento distractivo
Em determinado caminho
De crescimento...

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